Postado por Por: Joel de Aquino – Pagina do Nortão
Foto – Arq. Prefeitura Colider
Mesmo após aproximadamente cerca de dois meses, a tentativa de mobilização por melhorias na Estrada Planalto, em Colíder, ainda é assunto nos grupos de WhatsApp e entre os moradores da região. O centro da controvérsia foi a iniciativa de um líder comunitário, que organizou um abaixo-assinado para pedir o asfaltamento de um trecho da estrada que dá acesso a pequenas chácaras, em um loteamento considerado por alguns como irregular.
O movimento tinha como objetivo enviar o ofício aos deputados estaduais ou federais solicitando uma emenda parlamentar para custear as obras. Para isso, o líder convidou moradores, o prefeito e vereadores para uma reunião aberta, com a intenção de que todos assinassem juntos o documento, reforçando o pedido de forma coletiva.
Mas antes que a reunião acontecesse, o prefeito convocou uma outra reunião com os moradores, antecipando-se ao encontro organizado pela comunidade. Durante a conversa, ele reconheceu as dificuldades enfrentadas na região, se comprometeu com algumas melhorias, mas afirmou que o asfaltamento do trecho não será imediato, e sim parte de um planejamento futuro, condicionado a aspectos legais e orçamentários.
Segundo relatos, o prefeito teria considerado a atitude do líder comunitário como uma tentativa de se sobrepor às atribuições dos vereadores e do próprio Executivo Municipal, gerando um desconforto político.
Já o líder comunitário envolvido se defende:
“Em nenhum momento quis tomar o lugar de ninguém. Minha intenção foi única e exclusivamente ajudar a comunidade. Estamos cansados de poeira e de promessas”, disse ele, ao ser procurado por nossa reportagem.
Moradores da região se dividem. Alguns defendem a iniciativa do líder, afirmando que a pressão popular é a única forma de conseguir avanços. Outros preferem aguardar os trâmites legais e criticam o que chamam de “politização” da causa.
Repercussão nas redes e grupos de WhatsApp
O caso continua repercutindo, principalmente em grupos de WhatsApp da cidade e da zona rural, onde os debates entre moradores, apoiadores da gestão e da liderança comunitária se intensificam. Há quem enxergue a situação como um exemplo de participação popular legítima, enquanto outros classificam como ação precipitada e sem alinhamento com a Prefeitura.
O episódio reacende um tema antigo: quem tem o direito (ou dever) de buscar melhorias para uma comunidade? Quando o poder público demora, a comunidade pode agir por conta própria? E como garantir que essa ação seja feita de forma legal e produtiva?
Fato é que a poeira continua…
A estrada segue da mesma forma, com alguns buracos, poeira e dificuldades, principalmente para quem depende do trecho diariamente. O caso da Estrada Planalto mostra como a união entre população e poder público poderia gerar avanços reais — se prevalecerem o diálogo, a legalidade e o respeito mutuo
Foto – Reprodução
Por: Joel de Aquino – Pagina do Nortão
