Fonte: Portal News – Pagina do Nortão
Foto – Ilustração
Dois homens foram condenados a 18 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de Vitória Régia Pereira de Santana, de 21 anos, ocorrido em 8 de fevereiro de 2024, em Cocalinho, a 765 km de Cuiabá. O julgamento foi realizado pelo Tribunal do Júri e marcou uma importante resposta ao avanço do crime organizado na região.
Os réus condenados são Luan Souza Lopes e Mikael Custódio de Jesus. Um terceiro acusado foi absolvido pela juíza Silvana Fleury Curado.
Vitória foi executada com três tiros no Bairro Alto Cocalinho. Duas semanas antes do crime, ela havia procurado a Delegacia da Polícia Civil para denunciar ameaças e agressões físicas que vinha sofrendo. Segundo a investigação, a jovem havia sido alvo de “salves” — punições físicas impostas por facções criminosas. Cansada das agressões e com a própria morte já decretada por criminosos, ela decidiu romper o silêncio e denunciar os envolvidos.
Diante da gravidade do caso, a Polícia Civil, com apoio da assistência social do município, conseguiu retirar Vitória da cidade. No entanto, mesmo após esse esforço de proteção, ela acabou sendo localizada e morta no dia 8 de fevereiro.
Logo após o crime, a Polícia Civil deflagrou a Operação Tribunal Paralelo, sob comando do delegado Valmon Pereira da Silva. A operação cumpriu 10 ordens judiciais contra suspeitos de envolvimento na execução de Vitória, incluindo cinco mandados de busca e apreensão, quatro prisões temporárias e uma internação provisória de uma adolescente.
Mais de um ano após a operação, dois dos indiciados foram condenados nesta semana. “Estamos enfrentando uma verdadeira batalha contra o crime organizado em Cocalinho, e essas condenações mostram que estamos vencendo”, declarou o delegado Valmon.
O caso expôs a fragilidade das vítimas que, mesmo buscando ajuda das autoridades, ainda enfrentam riscos extremos diante da atuação de facções no interior do estado.
Fonte: Portal News – Pagina do Nortão