Decisão judicial em Colíder repercute na Câmara Federal e reacende debate sobre atuação da Justiça e segurança pública

Decisão judicial em Colíder repercute na Câmara Federal e reacende debate sobre atuação da Justiça e segurança pública

Por: Joel de Aquino – Pagina do Nortão

Colíder (MT) – Uma decisão da Justiça de Colíder envolvendo dois suspeitos de tráfico de drogas ganhou repercussão nacional após ser citada com veemência pelo deputado federal Coronel Assis (PL-MT) durante pronunciamento na Câmara dos Deputados.

No discurso, o parlamentar manifestou preocupação com a liberação de Wesley Queiroz Pessetto e Charles Rocha Rodrigues, que haviam sido presos em flagrante com 33 tabletes de maconha e cerca de dois quilos de cocaína. A apreensão ocorreu em uma residência no município de Colíder e contou com a atuação de equipes da Polícia Militar.

A soltura dos suspeitos foi determinada pelo juiz Edson Carlos Wrubel Júnior, durante o plantão judiciário da comarca local. Na decisão, publicada na segunda-feira (7), o magistrado também determinou que a Corregedoria da Polícia Militar e o Ministério Público investiguem a conduta dos sargentos Diego Robson Bottan e Alexandro Granzoti Moreira, por indícios de suposta violência durante a abordagem.

O caso reacendeu debates na cidade sobre a relação entre as instituições de segurança e o Judiciário. Embora decisões judiciais sejam parte do processo legal e garantam os direitos fundamentais dos cidadãos, há setores da sociedade que demonstram inquietação quanto à efetividade do combate ao crime.

Histórico de polêmicas

Episódios anteriores envolvendo agentes da segurança pública também marcaram a memória recente de Colíder. Anos atrás, policiais penais foram presos preventivamente sob a acusação de facilitar a entrada de celulares no presídio feminino da cidade, após denúncia de detentas. Na ocasião, quatro servidores foram detidos, mas posteriormente ficou comprovado que apenas uma servidora havia se envolvido na suposta facilitação.

Três dos profissionais foram considerados inocentes e já retornaram às suas funções, mas dois deles permaneceram privados de liberdade por cerca de oito meses, o que gerou críticas da comunidade local e questionamentos sobre o andamento das investigações naquele momento.

Debate continua

O episódio atual, agora projetado nacionalmente, levanta novamente reflexões sobre os limites da atuação policial, os critérios para a concessão de liberdade provisória e o equilíbrio entre garantias legais e a segurança coletiva.

A reportagem buscou preservar a imparcialidade e o respeito às decisões judiciais, entendendo que tanto os magistrados quanto os profissionais da segurança pública exercem funções fundamentais em um Estado Democrático de Direito.

Foto – Reprodução

Por: Joel de Aquino – Pagina do Nortão

 

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