Boatos sobre caverna sob a barragem da Usina de Colíder geram preocupação e dúvidas na região

Boatos sobre caverna sob a barragem da Usina de Colíder geram preocupação e dúvidas na região

Por: Joel de Aquino – Pagina do Nortão

Foto – Reprodução (Web)

Nos últimos dias, áudios e mensagens em grupos de WhatsApp levantaram a suspeita de que haveria uma caverna localizada sob ou próxima à barragem da Usina Hidrelétrica de Colíder (UHE Colíder). A notícia rapidamente ganhou repercussão, trazendo apreensão para moradores e empresários que dependem do lago formado pela usina para o turismo, pesca e lazer.

Apesar da força dos boatos, especialistas descartam a possibilidade de cavernas na região. De acordo com geólogos que acompanharam a construção da usina, o solo local é formado por arenito, tipo de rocha que não solubiliza e, portanto, não forma cavernas naturais como ocorre em áreas de calcário.

Rebaixamento do lago aumenta os rumores – O debate ganhou intensidade após a Eletrobras, atual responsável pela operação da UHE Colíder, adotar um processo de rebaixamento emergencial do nível do reservatório. Em pouco mais de um mês, o lago reduziu cerca de 17 metros, medida que a empresa afirma ser preventiva, destinada a avaliar a estrutura da barragem e garantir segurança.

Entretanto, a queda brusca no nível da água gerou graves prejuízos econômicos para os municípios de Colíder, Itaúba, Nova Canaã do Norte e Cláudia. Setores como turismo e pesca, que movimentam milhões de reais por ano, já sentem os reflexos diretos da retração hídrica.

MPF e MP-MT monitoram o caso – A situação também está sendo acompanhada de perto por órgãos de controle. O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para fiscalizar os riscos do rebaixamento e as providências adotadas pela Eletrobras. Já o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) reforçou que existem riscos potenciais à vida, à saúde e ao meio ambiente, cobrando transparência no processo.

Em um áudio que circulou na internet, um técnico da Copel — antiga operadora da usina — explicou que a hipótese de caverna foi analisada e descartada, destacando que a barragem possui instrumentos de monitoramento capazes de identificar qualquer anomalia estrutural.

Entre fatos e especulações – Até o momento, não existe qualquer confirmação oficial sobre a existência de cavernas sob a barragem. O rebaixamento do lago, segundo a Eletrobras, está ligado apenas a medidas de precaução.

Enquanto os estudos avançam, moradores e gestores municipais cobram mais clareza nas informações e buscam soluções para minimizar os impactos econômicos que já se tornam visíveis na região.

Foto – Reprodução (Web)

Por: Joel de Aquino – Pagina do Nortão

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