Após audiência proposta por Gisela, na Câmara, CADE pede estudo para avaliar fusão entre Petz e Cobasi

Após audiência proposta por Gisela, na Câmara, CADE pede estudo para avaliar fusão entre Petz e Cobasi

Fonte: O Bom da Noticia/Pagina do Nortão 

Foto – Marisa Batalha

Fusão das duas empresas pode ter impactos significativos para todos os brasileiros que têm um pet em casa

Foi prorrogada por 90 dias, o prazo e a análise da fusão das empresas Petz e Cobasi: duas gigantes do mercado pet brasileiro e únicas que concorrem de forma efetiva entre si. A decisão foi anunciada neste início de setembro pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica -CADE -, sob o argumento de que a união pode ferir a livre concorrência e a liberdade de escolha dos consumidores.

O conselheiro José Levi Mello do Amaral Júnior – relator da fusão Petz-Cobasi no CADE – foi o responsável por requerer ao Departamento Econômico, a elaboração de estudo a respeito da estrutura do mercado de varejo pet físico e online. O objetivo é entender melhor esta estrutura, incluindo aspectos de produtos e geografia. Além de avaliação minuciosa sobre programas de fidelidade e sua influência nas compras, especialmente, em serviços como banho e tosa, que podem aumentar a concentração de clientes nas grandes redes.

A decisão veio depois da realização de audiência pública na Câmara Federal requerida pela deputada Gisela Simona(União), no dia 12 de agosto, de olho em ampliar a discussão sobre os impactos da fusão, que cria a maior companhia do setor de produtos e serviços para animais de estimação no país. Ação que pode gerar desequilíbrio concorrencial e, lá na ponta, afetar os consumidores, já que ambas têm forte presença física e digital.

Para a parlamentar, a alta concentração de mercado pode reduzir a competitividade, aumentar preços, limitar escolhas, levar ao fechamento de pequenos estabelecimentos e padronizar serviços em detrimento da qualidade. Assim, a junção das duas empresas pode ter impactos significativos para todos os brasileiros que têm um pet em casa.

“A fusão entre as maiores empresas do setor é uma operação que vai trazer domínio de uma parcela significativa do mercado e isso levanta grandes preocupações sobre a livre concorrência e a liberdade de escolha dos consumidores (…) Desta forma, é preciso lembrar que o Código de Defesa do Consumidor e a Política Nacional das Relações de Consumo impõem ao Estado e à sociedade o dever de assegurar práticas de mercado justas, equilibradas e transparentes”, explica a deputada Gisela Simona.

Sob este mesmo olhar, vários especialistas vêm antecipando um cenário de alta concentração de mercado, com a união da Petz e Cobasi, que pode resultar inequivocamente na redução de opções para os consumidores dos produtos pets e ainda na elevação nos preços para as empresas menores e redução da diversidade de produtos e serviços.

Sites de todo Brasil como a Isto É Dinheiro, Uol, Estadão, Infomoney e inúmeros outros de várias regiões do país vêm dando uma ampla cobertura sobre o assunto.

Entenda o histórico da fusão

A fusão foi anunciada em agosto de 2024, sendo implementada por meio da incorporação de ações, tornando a Petz subsidiária da Cobasi. O acordo foi aprovado sem restrições pela Superintendência-Geral no início de junho de 2025.

De acordo com as empresas, o objetivo é permitir a redução do preço ao consumidor, oferecer melhor atendimento e um portfólio mais completo de produtos e serviços, por meio da junção de lojas e e-commerce, aumentando pontos de venda e entregas. Os acionistas da Petz vão receber 52,6% das ações da nova empresa e os acionistas da Cobasi 47,4%, com previsão de faturamento de R$ 7 bilhões.

Foto – Marisa Batalha

Fonte: O Bom da Noticia/Pagina do Nortão 

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