Fonte: Jovem Pan
Foto – Jovem Pan
Brasília/Caracas — Empresários brasileiros foram surpreendidos nesta quarta-feira (24) com o anúncio do governo da Venezuela sobre a aplicação de tarifas de importação que variam entre 15% e 77% para produtos provenientes do Brasil. A medida contraria diretamente os termos de um acordo bilateral firmado em 2014, que previa isenção tarifária para mercadorias que possuíam certificado de origem válido.
A decisão inesperada acendeu um alerta especialmente em estados como Roraima, cuja economia tem forte dependência do comércio transfronteiriço com o país vizinho. Exportadores locais temem prejuízos imediatos com a possível retenção de cargas nas alfândegas venezuelanas ou a inviabilidade econômica de manter os atuais contratos.
A Câmara de Comércio Brasil-Venezuela já abriu uma investigação para apurar se a mudança decorre de falhas burocráticas — como atrasos na atualização documental do acordo — ou se trata de uma decisão política deliberada por parte do governo de Nicolás Maduro.
Enquanto isso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Embaixada do Brasil em Caracas foram acionados para buscar esclarecimentos e tentar reverter a decisão.
“Estamos tratando o caso com urgência, pois há risco de rupturas comerciais significativas em um momento delicado para a economia regional”, informou uma fonte ligada ao setor de comércio exterior.
Até o momento, nenhuma justificativa oficial foi apresentada pelo governo venezuelano. A medida pode representar um novo obstáculo nas já complexas relações comerciais entre os dois países, em um momento em que o Brasil busca ampliar suas exportações para a América do Sul.
Fonte: Jovem Pan