Fonte: Nativa News – Pagina do Nortão
Concessionária Via Brasil cobra até R$ 299,70 para veículos com 9 eixos nas três praças da MT-320/208; valor coloca rodovia entre as mais onerosas do estado
Três praças de pedágio começam a operar na MT-320 e MT-208 na região norte de MT — Foto: Ascom GV MT
O trecho da rodovia estadual que interliga Alta Floresta à BR-163, por meio das MTs-320 e 208, está entre os mais caros de Mato Grosso em termos de pedágio para veículos pesados. Com três praças operadas pela concessionária Via Brasil, o custo total para um caminhão com 9 eixos cruzar os 188,69 km entre Nova Santa Helena e Alta Floresta chega a R$ 299,70.
A tarifa por eixo é de R$ 11,10, conforme tabela atualizada pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (AGER-MT) em novembro de 2024. Para veículos de passeio, o custo total do trecho é de R$ 33,30; motocicletas pagam R$ 5,55 por praça.
Desde que assumiu a concessão, a Via Brasil é responsável pela manutenção, recuperação e implantação de melhorias no trecho, além da oferta de serviços como guincho, atendimento pré-hospitalar e inspeção de tráfego. As praças de pedágio estão localizadas nos seguintes pontos:
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Km 14,7 da MT-320 (Colíder)
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Km 59,8 da MT-320 (Nova Canaã do Norte)
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Km 23 da MT-208 (Alta Floresta)
O contrato faz parte do pacote de concessões rodoviárias promovido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), que repassou à iniciativa privada mais de 1.000 km de rodovias estaduais, com contratos variando entre 20 e 35 anos. O objetivo, segundo o governo estadual, é garantir a melhoria contínua da malha viária e reduzir os custos logísticos no escoamento da produção agrícola.
Além da Via Brasil, outras concessionárias atuam em diferentes regiões do estado. A SPS explora a MT-235 (Sapezal a Campo Novo do Parecis), a Morro da Mesa opera na MT-130 (Rondonópolis a Primavera do Leste) e o consórcio Via Norte Sul está à frente da MT-220 (Sinop a Tabaporã), entre outros exemplos.
Apesar das promessas de melhorias, as tarifas elevadas continuam gerando críticas de motoristas e transportadoras, principalmente em regiões onde o tráfego pesado é constante e as margens de lucro são estreitas. A cobrança elevada em um trecho estratégico como o de Alta Floresta à BR-163 levanta questionamentos sobre o equilíbrio entre investimento privado e acessibilidade para os usuários da malha rodoviária estadual.
Fonte: Nativa News – Pagina do Nortão