OS PILOTOS DE SERRA PELADA

OS PILOTOS DE SERRA PELADA

Por; Perere Midia – Pagina do Nortão
No coração pulsante da selva amazônica, nos anos 1980, os céus pertenciam a uma classe quase mítica: os pilotos do garimpo de Serra Pelada. Eram homens de coragem, ousadia e sede de aventura, que transformaram pequenas aeronaves em verdadeiros cofres voadores. Decolavam e pousavam em pistas improvisadas, cortando o ar quente e turvo com precisão milimétrica, levando desde mantimentos, peças de motores, ferramentas e medicamentos… até barras de ouro embrulhadas em pano e esperança.
Esses pilotos não eram apenas transportadores — eram os mensageiros da fortuna. Em poucas viagens, muitos enriqueceram tanto quanto os próprios garimpeiros. O valor de um voo podia ultrapassar o de uma casa em uma capital, e cada decolagem era uma aposta entre o céu e o inferno. Eles enfrentavam tempestades repentinas, falta de combustível, emboscadas armadas, panes em pleno voo e pousos em pistas que mais pareciam armadilhas de lama.
Mas havia também o fascínio: eram tratados como reis por onde passavam, admirados como heróis de filme, vivendo uma vida entre o luxo e o abismo. Em um dia, brindavam com uísque caro em Marabá; no outro, dormiam dentro do avião, cercados por mosquitos e o som dos tiros ao longe.
Foram eles que conectaram o impossível. Que ligaram o meio do nada ao centro da cobiça. Aviões pequenos, corações grandes e coragem sem tamanho. No garimpo, quem voava, voava alto — e quem caía, caía feio.
No coração pulsante da selva amazônica, nos anos 1980, os céus pertenciam a uma classe quase mítica: os pilotos do garimpo de Serra Pelada. Eram homens de coragem, ousadia e sede de aventura, que transformaram pequenas aeronaves em verdadeiros cofres voadores. Decolavam e pousavam em pistas improvisadas, cortando o ar quente e turvo com precisão milimétrica, levando desde mantimentos, peças de motores, ferramentas e medicamentos… até barras de ouro embrulhadas em pano e esperança.
Esses pilotos não eram apenas transportadores — eram os mensageiros da fortuna. Em poucas viagens, muitos enriqueceram tanto quanto os próprios garimpeiros. O valor de um voo podia ultrapassar o de uma casa em uma capital, e cada decolagem era uma aposta entre o céu e o inferno. Eles enfrentavam tempestades repentinas, falta de combustível, emboscadas armadas, panes em pleno voo e pousos em pistas que mais pareciam armadilhas de lama.
Mas havia também o fascínio: eram tratados como reis por onde passavam, admirados como heróis de filme, vivendo uma vida entre o luxo e o abismo. Em um dia, brindavam com uísque caro em Marabá; no outro, dormiam dentro do avião, cercados por mosquitos e o som dos tiros ao longe.
Foram eles que conectaram o impossível. Que ligaram o meio do nada ao centro da cobiça. Aviões pequenos, corações grandes e coragem sem tamanho. No garimpo, quem voava, voava alto — e quem caía, caía feio.
Por; Perere Midia – Pagina do Nortão

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